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A inflação de produtos e serviços desacelerou no Brasil e acumula, no ano, avanço de 2,5% - o mais baixo para o mês de novembro desde 1998, segundo informou nesta sexta-feira (8) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa menos da metade da taxa registrada no mesmo período de 2016.
Os preços de alimentos e bebidas, que têm o maior peso no cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumulam queda de 2,4%, a mais intensa desde a implementação do Plano Real em 1994, de acordo com o IBGE. alguns alimentos como feijão, arroz, farinha e açúcar custam até 40% menos.
"Safra recorde fez com que alimentos ficassem mais baratos. Foi o principal fator", disse Fernando Gonçalves, gerente de índices de preços ao consumidor do IBGE.
Apesar da queda nos preços dos alimentos, ficou mais caro comer fora de casa. A alimentação fora de casa aumentou 3,07% no ano até novembro. Já o preço dos alimentos consumidos em domicílio caiu 5,25% no mesmo período.
Se por um lado o preço dos alimentos caiu, o do gás de cozinha subiu 14,75%. O impacto no índice geral de preços não foi maior porque seu peso no cálculo não é tão grande quanto o dos itens de alimentação.
A alta de preços também perdeu força de outubro para novembro. O IPCA ficou em 0,28% no penúltimo mês do ano, depois de avançar 0,42% em outubro.
Nessa base de comparação, caíram os preços de alimentação e bebidas (-0,38%) e artigos de residência (-0,45%).
"A desaceleração se deve basicamente aos alimentos. O ano de 2017 teve uma safra muito boa, histórica. Embora em novembro [o preço das] hortaliças comecem normalmente a subir, alimentos como ovos e feijões, que já vinham em queda, tiveram uma queda ainda mais acentuada. E algumas frutas, como bananas, também tiveram deflação. Houve oferta maior de alimentos", disse Gonçalves.